Conservatória, cidade da Seresta - precisa melhorar infraestrutura turística




O túnel que chora
Adoro conhecer lugares novos. Nutria uma grande expectativa em conhecer a cidade de Conservatória, no estado do Rio de Janeiro, por ouvir tantos elogios ao aconchego da música dos violeiros, em intermináveis serestas.
Estive lá na semana passada. Ia passar dois dias, mas acabei encurtando minha estadia. Conservatória decepcionou. Pela sua parca infraestrutura turística. A começar pela música, patrimônio turístico da cidade. Pela parte da manhã, num clube local, tocava em alto volume um funk. Mais tarde, em um bar do centro, um baticum. Não é preconceito, mas se a cidade se propõe a oferecer música de seresta e MPB, deveria zelar para que isso acontecesse. À noite, como prometido, um seresteiro ao violão tocava na praça da estátua. Fazia frio. E o que vi foi uma quantidade de turistas, muitos com idade avançada, sentados em banquinhos de plástico, improvisados, em pleno sereno... Uma cidade que há anos é conhecida pela música, já devia ter se preparado com uma estrutura, para oferecer sua grande atração de forma mais confortável. A praça da estátua poderia ter um toldo, permitindo aos turistas ouvir música em dias de chuva e de sereno. Foi só ali, às 10h da noite de sábado, que tive oportunidade de ouvir a música prometida.

Fora isso, a cidade oferece uma gastronomia e hotelaria pobres em opções. Não existem atrativos naturais de maior beleza. O artesanato local é óbvio, nada diferente das lembrancinhas compradas no atacado para atender aos turistas ávidos por comprar. A atração turística maior é uma locomotiva de trem que não sai do lugar e um túnel escavado há muitos anos por escravos, na entrada da cidade: o túnel que chora.

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