Praia, cultura e gastronomia: o dolce far niente de Salvador

Por: Adriana Aguiar Ribeiro


Bairro do Rio Vermelho
Salvador é sempre uma boa opção de viagem. Seja para curtir a cidade com sua história, gastronomia e as suas praias, ou como porta de entrada para uma escapada por via terrestre até a Praia do Forte. Ou ainda como base para início de uma viagem de navio pelo nordeste...  Ou, como foi nosso caso, para pegar um catamarã, que sai do porto ao lado do Elevador Lacerda, para Morro de São Paulo. Importa que indo para, ou passando por Salvador, há sempre inúmeros motivos para se permanecer alguns dias pela cidade.

Desta vez, dormimos em Salvador uma noite antes de embarcarmos para Morro de São Paulo. E na volta, com reservas feitas previamente, passamos cinco noites na cidade nos refestelando com as deliciosas comidas baianas e vivendo o dolce far niente – descobrindo a agradável ociosidade, que nos levou ao entendimento do “o que é que a baiana tem”. Por isso, dispensamos os programas históricos tradicionais, preferindo as caminhadas pelo bairro, as degustações preguiçosas regadas ao dendê, as idas a praia e o lagartear na piscina do hotel, aprendendo assim, como saborear muitas delícias oferecidas pela Bahia.

Baseados em experiências positivas das últimas viagens, escolhemos nos hospedar novamente no bairro do Rio Vermelho. Nas redondezas há alguns bons restaurantes, um pequeno comércio que inclui souvenires, farmácia, mercado e a deliciosa sorveteria Primavera, com variedades de sabores de frutas típicas do nordeste como cajá, graviola, mangaba... Ponto alto no bairro também é a Barraca da Cira, que faz o melhor acarajé do mundo! Experimentamos também o Abará, que é feito com a massa cozida do Acarajé. E o Bolinho de Estudante, que é doce e feito com tapioca e leite de coco. Uma delícia para tomar com café!

Boas opções de hotéis de rede em Rio Vermelho são o IBIS e o Mercure. Ficam na beira da praia, um ao lado do outro, na Rua Fonte do Boi e perto da praça, em Rio Vermelho. Já experimentamos os dois. Se você preferir um pouco mais de conforto, vá de Mercure, que tem piscina e mais infraestrutura hoteleira. Se você nem sempre tem apetite para tanto café da manhã, tem a alternativa de hospedar-se no Mercure e variar algum dia tomando café no IBIS, o que sai mais barato. Ou se quiser um café mais requintado, mas não quer gastar muito com hospedagem, pode fazer o contrário e desfrutar do glamour do café do Mercure.

Próximo aos hotéis há uma filial do delicioso restaurante Café do Solar – o mesmo do museu do Solar do Unhão. O cardápio é variado e tudo, desde as entradas às sobremesas, é muito gostoso!

Dentre as atrações culturais, recomendamos fortemente uma visita a Casa do Rio Vermelho, nosso objetivo principal nesta viagem. Casa dos escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, recentemente foi transformada em museu interativo e moderno. A visita vale a pena, principalmente para os aficionados por literatura! Também fomos conhecer o Solar do Unhão, que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia. Em março estava em obras. Mas mesmo assim, na parte interna do Solar, havia uma exposição itinerante do fotógrafo Pierre Verger. E aproveitamos ainda o fim de tarde com um maravilhoso almoço no Café do Solar, que funciona na antiga senzala e tem uma linda vista para o mar.
É bom saber que nem todas as praias da cidade de Salvador são próprias para o banho. Por isso é preciso saber escolher. Optamos por retornar a Praia do Flamengo, que já conhecíamos e é limpa. Desde o Rio Vermelho até lá são aproximadamente vinte e três quilômetros, que podem ser percorridos com um carro alugado, ou de táxi (uns 40 minutos) ou de ônibus (aproximadamente 1h20min). Depende de quanto se está disposto a gastar. A Praia do Flamengo tem extensa faixa de areia, com água morna e ondas médias. Dispõe de algumas barracas, que de barraca não tem nada. São espaços com infraestrutura para o banhista como restaurante, música, chuveiros, guarda-sóis, cadeiras e banheiros – tudo incluído na degustação. As barracas mais famosas e badaladas são a do Loro e a Barraca da Pipa. Mas se você prefere tranquilidade, como a gente, poderá optar pelas diversas cadeiras com guarda-sóis oferecidas na beira da praia, pelos ambulantes locais.

Dica de Transfer: Chegando a Salvador por via aérea, no Aeroporto Internacional de Salvador, uma opção de transporte, que pode ser mais econômica que táxi, é o First Class. São ônibus de categoria turística, com ar condicionado, que fazem o roteiro desde o aeroporto até os principais hotéis da cidade, situados em bairros turísticos. Há um roteiro de ida e volta. Atenção aos pontos de parada da ida, que são diferentes dos pontos da volta. O preço, em março deste ano, estava a R$30,00. Compramos diretamente no guichê do aeroporto.

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