Frutillar - cidade bordada ao sul do Chile

Por: Adriana Aguiar Ribeiro

Chegamos a Frutillar em um dia ensolarado de verão, mas com vento e temperatura média de 18°C. Estacionamos o carro na rua em frente ao lago e, tentando cumprir nosso roteiro cuidadosamente traçado, saímos para caminhar. Mas os atalhos sempre aparecem e logo adiante estava a Escuela de Arte, que nos deteve pelo tom de verde brilhante, com imponentes janelas de madeira em um prédio plantado em um espaçoso jardim florido. Frutillar é assim: por onde se anda, se vê flores. Por todos os lados há beleza.

Contemplamos o lago e observamos que estávamos em um lugar delicado, quase bordado à mão: apesar do vulcão Osorno, a majestade, não aparecer devido às nuvens, o Muelle Frutillar, tratou de decorar o ambiente. 

O ponto alto da cidade é o Teatro do Lago, onde apresentações são feitas ao longo do ano. Chegamos em fevereiro, na época das Semanas Musicales, mas sem reservas prévias foi impossível adquirir ingressos. O teatro, em madeira, como praticamente todas as construções do sul do Chile, repousa imponente sobre o lago Llanquehue. 

Após as devidas contemplações, avistamos o primeiro indício de que estávamos em uma cidade musical: a clave de sol adornada por figuras alemãs representadas por pessoas, animais e instrumentos musicais. Mais adiante, à beira do lago, um piano decora a praia. 

Tivemos a oportunidade de visitar a igreja católica, com seu interior pintado e ricamente enfeitado. E adiante, como não poderia faltar em uma cidade de colonização alemã, a igreja Luterana. 

Em seguida passamos por diversas feiras de artesanatos locais, que expunham madeira, couro e muita tecelagem. Sem faltar a representação mais regional de Frutillar, que são as bonecas tricotadas em lã.

Apesar do frio, as crianças faziam atividades nas águas geladas. Banhistas bronzeavam ao sol, famílias se divertiam e atletas praticavam canoagem. A vida na cidade, durante o verão, gira mesmo em torno do lago. 

Por fim, fomos visitar o Museu da Colonização Alemã, que retrata a vida dos alemães em sua chegada ao sul do Chile por volta de 1840. O museu fica instalado em uma extensa área com jardins muito bem cuidados. Sua construção foi uma iniciativa da Universidade Austral do Chile, em parceria com o governo alemão e o município de Frutillar. É datado de 1981 e no seu terreno há a casa da fazenda, a casa do ferreiro, a casa do moinho e o campanário.

Informações úteis:

Museu Colonial Alemán
Preço: adulto 2.500 pesos (aprox. USD3.60)
Horário: 9h às 19:30h (de 2 de janeiro a 28 de fevereiro)
                 9h às 17:30h (de 01 de março a 31 de dezembro)
Funciona de segunda a Domingo. O museu não abre nos dias 1 de janeiro e 25 de dezembro.

Para saber mais sobre as programações do Teatro do Lago, clique aqui.

Outras informações: ao longo da rua da praia do lago e das ruas adjacentes, pode-se estacionar o carro, mediante pagamento de estacionamento.  Frutillar é muito pequena. Da rua do lago, até a rua de trás, onde fica o museu alemão, é apenas um quarteirão de distância. Todas as atrações podem ser facilmente acessadas a pé.

Para ler outras matérias a respeito do Chile, clique aqui.
Leia aqui sobre o roteiro completo para o sul do Chile, na região dos lagos e vulcões.

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