Cruzeiro em Estreito de Magalhães - para grandes navegadores!

Lazer a bordo para passar o tempo
Uma viagem que nos causou grande frisson, pois incluía a travessia do Oceano Pacífico para o Oceano Atlântico. Isto seria permitido com a navegação através do estreito de Magalhães, a maior e mais importante passagem natural entre estes oceanos. O estreito compreende aproximadamente 600 km de águas navegáveis. Fica localizado no extremo sul da América do Sul e permite que se evite a navegação pelo Cabo Horn, famoso pelas suas águas revoltas. Mas não pense que navegar pelo estreito de Magalhães é um mar de rosas... Devido ao clima hostil e à sua pequena largura o estreito de Magalhães também oferece pitadas de aventura.
Rota no mapa (fonte internet)
Durante nossa travessia desde o Pacífico, em águas chilenas, até o Atlântico, na Argentina, viajamos por praticamente um dia e uma noite. Acordamos já no estreito e passamos um dia de navegação cercados por montanhas escuras, pobres em vegetação, entrando por canais apertados, caminhos diminutos e desconhecidos. Esperávamos encontrar abundante vida marinha e selvagem. Mas o clima frio e chuvoso tornou a viagem pacata, quase tediosa, não fosse a surpresa pela beleza de cada cume coberto de neve, em pleno verão no hemisfério sul. Algumas poucas aves arriscavam voos remotos, mas por mais que esticássemos a vista em nosso binóculo, não encontramos uma só baleia ou bicho selvagem nas margens.

Passamos as horas arriscando entre a friagem no convés ou bebericando taças de vinho e aproveitando uma boa leitura. Tão longo o dia, que apelamos até para jogos de carta, como forma de transpor o tempo.

Momento perfeito para a reflexão sobre a vida, sobre o homem, ao imaginar como, no passado, navegadores desprovidos de toda tecnologia que dispomos atualmente, desbravaram estes caminhos desconhecidos, traçaram seus mapas e conquistaram novas rotas. 

Experiência única que recomendamos!

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