O turismo nas Olimpíadas Rio 2016
Texto e Fotos: Vitória Paiva
Saiba mais também sobre as Paralimpíadas...
Depois de muita confusão e polêmica
chegou a hora do Brasil sediar as Olimpíadas Rio 2016. Os destaques ficam não
só para os jogos, as delegações, as medalhas, conquistas e derrotas, a
interação entre ‘gringos’ e brasileiros... Fica destaque, também, para o
magnífico Boulevard Olímpico, que juntou o Porto Maravilha, a pira olímpica e a
Orla Conde (calçadão entre a Praça Mauá e Praça XV), tudo isso tendo como
‘companheiros’ o Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio e todo o charme que o
Rio antigo reserva.
Bandeiras dos países em frente às Arenas Cariocas |
As casas das delegações também
acolheram milhares de turistas e moradores. Quanto charme e quanto país
diferente mostrando um pouco de sua cultura nas terras cariocas. O Parque
Olímpico, instalado na Barra da Tijuca, foi o foco e também mereceu uma visita.
Se você não pode marcar presença nos jogos uma pena, mas não acabaram ainda.
Aconselho que você vá e sinta um pouco desse espírito nas Paralimpíadas, que
começaram no dia 7 de setembro.
Boulevard Olímpico
A pira do povo, na Candelária: dificuldade em fotografar |
Não só de pira olímpica, que ficou
instalada na região da Candelária, se resumiram os jogos (até porque tirar foto
dela era quase impossível devido à quantidade de gente). As Olímpiadas deixaram
outros legados para a cidade carioca, como, por exemplo, o aumento na frota de
BRT (aquele ônibus sanfonado que tem uma pista exclusiva), a implantação do VLT
(espécie de bondinho que circula no centro do Rio, podendo, até mesmo, levar
passageiros da rodoviária ao aeroporto) e o famoso mural das etnias, assinado
pelo célebre e criativo Kobra, e cotado para entrar no guiness
book como maior arte de rua do mundo (uau!).
Enfim, o Boulevard Olímpico deu um charme,
foi ponto de encontro para assistir aos jogos (ponto para quem não comprou
ingresso) e ficou lotado em todos os dias de competição. Uma caminhada lá vale
como exercício físico porque é chão para andar, hein, rs.
A surpresa para muitos foi encontrar
um aquário, que deve ser inaugurado em novembro. É o AquaRio, o maior aquário da América do Sul que abrigará mais de mil
animais marinhos. Serão utilizados 4,5 milhões de litros d’água para o funcionamento
do aquário. Vamos aguardar!
Nos armazéns próximos à Parada dos
Navios (estação de desembarque de VLT) você encontrava a NBA House, que contava um pouco da história da liga americana de basquete. Infelizmente
não funcionará nos jogos paraolímpicos (calma que outras casas ainda estarão
abertas). A Casa Brasil é uma delas. A Casa Portugal fica no
veleiro Sagres, ancorado na Ilha das Cobras. Um charme.
O Palco Encontros transmitiu vários jogos e fica
exatamente em frente ao Museu de Arte. Além disso, tem vários shows. No dia em
que fui estava tendo show da banda Jamz e o clima estava bem gostoso (afinal o
Brasil encerrava as Olimpíadas com ouro no vôlei masculino). Mas teve shows de
Erasmo Carlos, Elba Ramalho, Preta Gil, Paralamas do Sucesso e vários outros...
Arena de Tênis |
Dá até para agendar um passeio
panorâmico no balão da Skol e fazer bungee jump com a Nissan. E o melhor: tudo
isso de graça. Enfim, são muitas atrações. Para saber todas, visite o site http://www.boulevard-olimpico.com/atracoes.
Parque Olímpico
Que charme ficou. Uma pena que o dia
em que fui o tempo estava bem fechado, dia atípico no Rio, com chuvas e muitas
nuvens. A área do parque é de 1,18 milhões de metros quadrados. Então um dia
completo para ficar no local é necessário. Mas nada de muito esforço já que foi
inaugurada a Linha 4 do metrô, o que deixa a Barra da Tijuca um pouco mais
perto de outros bairros (sonho de muitos foi realizado. 15 minutos de Ipanema –
Estação General Osório - à Barra – Estação Jardim Oceânico). Junto com o metrô
era necessário pegar um BRT especial para o Parque. E para a surpresa de
muitos, o sistema funcionou muito bem durante os jogos.
A crítica vai para o sistema de alimentação, que foi precário
nos primeiros dias. Os preços seguiram o padrão em todos os jogos: preços altos.
Copo de cerveja a R$13, água por R$8 e coca R$10.
Ao longo do parque as patrocinadoras
dos jogos montaram stands para propaganda. Todos os stands tinham atrações e,
alguns, brindes. Como o da Coca Cola, que distribuía uma garrafa de coca para
cada visitante. O destaque ficou na Delegação Skol. Uma espécie de boate
montada pela marca. Tocava músicas, tinha dj, muitos gringos e fãs de uma boa
música.
Jogo de handebol: Arena do Futuro |
Ah é... As arenas também estavam
lindas. Pelas minhas contas havia seis no Parque: Arena do Futuro (handebol),
Centro Olímpico de Tênis, Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos, Arenas
Cariocas 1, 2 e 3. Tudo estava bem sinalizado graças aos voluntários que
estavam à disposição no caminho instruindo os visitantes. Outro ponto de
encontro no Parque foi o “estúdio” da Globo/Sportv, onde muitos repórteres
faziam filmagens e entrevistas com o público.
Studio da Globo Sportv |
Curiosidade:
após os jogos, o parque não ficará lá como um elefante branco. As piscinas, por
exemplo, serão desmontadas e levadas para outras cidades do Brasil. O parque
funcionará como um complexo esportivo e educacional. Serão construídas escolas
(desmontando a Arena do Futuro construirão quatro escolas municipais). O espaço
será aberto à visitação (aproveite caso não possa ir).
Casas das delegações
Churrasco de linguiça suíço |
Focados na promoção e visibilidade,
os países aproveitaram os jogos para montar espaços de divulgação de sua
história, cultura e gastronomia. São as chamadas cada de hospitalidade. Consegui
visitar três casas: Dinamarca, Alemanha e Suíça.
A primeira parada foi na casa da
Dinamarca, que está no Posto 10 em Ipanema. Sem muitas atrações, a Dinamarca
apostou na criação de estruturas com Lego (uma espécie de propaganda da marca),
shows ao vivo e painéis sobre o país.
Logo mais à frente, no Posto 11 no
Leblon, exatamente na praia, estava a casa Alemanha, que focou na gastronomia,
com aquelas salsichas de dar água na boca e copos de cerveja por “simpáticos”
R$25. Um telão exibia aos jogos e foi lá onde escolhi assistir à final de
futebol masculino Alemanha X Brasil. Havia poucos alemães, que, sem vergonha
alguma, torciam pelo seu time, falavam do inesquecível 7x1 na Copa e se jogavam
junto com a torcida brasileira. Isso sim é espírito olímpico! A casa continua
aberta até o dia 18 de setembro. Caso tenha interesse em visitar, veja a
programação aqui.
Área de lazer: Casa da Suíça |
A Casa da Suíça, localizada na Lagoa,
foca nas atividades ao ar livre: slackline, patinação no gelo, globo gigante de
“neve”, áreas para descansar na rede e teve até churrasco suíço. A casa também
está aberta nos jogos paraolímpicos e vale a pena visitar.
A frustração ficou quando fui visitar
a Casa da Áustria, localizada na sede do Clube Botafogo, no bairro de mesmo
nome. Fila enorme. Fiquei 1h30 para entrar e desisti. Tinha compromisso no
mesmo dia e não podia esperar. Uma pena. Mas um taxista falou que a casa, junto
com a da França, era uma das que mais tinha fila de espera.
Agora a boa nova é que muitas casas
ficam abertas durante os jogos paralímpicos: Suíça, Alemanha, Brasil,
Grã-Bretanha (Shopping Metropolitano/Barra da Tijuca), Japão (Cidade das
Artes/Barra da Tijuca), Pyeong Chang (Quiosques QL03 e 04 na praia de
Copacabana), Colômbia (Centro do Rio), México (Museu Histórico Nacional/próximo
à casa Colômbia) e Itália (Clube Costa Brava/Recreio).
E você? Como participou dos Jogos
Rio 2016? Tem alguma dica? Visitou algum lugar? Conta pra gente nos
comentários! Um abraço ansioso para os jogos de Tokyo 2020. #PartiuAcumularMilhas
#HajaMilhas
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