Kralendjik: desembarque em Bonaire



Que saudades de voltar!

Kralendjik! Foi no porto desta capital de nome difícil que o nosso navio atracou em Bonaire. Kralendjik é assim: casinhas coloridas em tons vibrantes, cidade pequena, bonitinha e arrumada! População negra e loira que faz uma mistura bonita. Águas transparentes entre tons de verde e azul, dos mais profundos até os bebês.

Com apenas um dia na cidade, nossa intenção era ir a Eden Beach. Pretendíamos caminhar os três quilômetros de distância até lá. Mas como não há uma calçada para pedestres facilitando o caminho do porto à praia de Eden, e tínhamos pressa de chegar lá, pegamos um transporte em van – preço por pessoa U$2.50 – mínimo 4 pessoas.

Bonaire é uma ilha com poucas praias de areia. Por ser geologicamente influenciada por erupções vulcânicas, a ilha é uma grande barreira de corais que emergiu. Por isso a maioria de suas praias tem águas profundas logo na beirinha.  O que torna o mergulho fantástico.  Comprovamos isso em Eden Beach! Com palavras fica difícil descrever este mergulho de snorkel. Um dos melhores da vida! Para acessar a água há um deque com escada tipo de piscina. Ao submergir nessas águas, acessamos outro mundo. Uma profusão de espécies dos mais diversos tamanhos e cores. Uma real visão do Paraíso (significado de Eden) bem ali a beira da praia!

Eden Beach fica em um Resort. O aluguel de duas cadeiras com um guarda sol, em março de 2017, custou vinte dólares. Isso inclui uso de banheiros e piscina. Tem um bar também, além de apartamentos para aluguel. 

Pela parte da tarde exploramos o centrinho da cidade, que é muito charmoso, com lojas de souvenires e restaurantes. Destaque para a Feirinha de Artesanatos local. Fica na praça. Os artigos mais interessantes são os sais (junto com o turismo, sal é a principal economia de Bonaire) e os artesanatos de decoração. Acabei não visitando o Museu Terra Mar, que estava em minha agenda.

Li muito sobre a culinária local. Sofre, como por todo Caribe, muita influência da culinária crioula. Pena não termos tido tempo para prová-la.  Recomendam frutos do mar, incluindo moluscos, peixes e lagostas. As frutas abundam, como em todo Caribe. Por isso, provamos o saboroso sorvete de manga, tão comentado nos blogs. Como em todas as ilhas de colonização holandesa, recomendo visitar as padarias e provar os queijos locais, com influência dos países baixos.


Aprender sobre este país minúsculo que, junto com Aruba e Curaçao, faz parte das ilhas ABC foi gratificante. A população não passa de 19.000 habitantes distribuídos em um área de 294 km2 . Diferente de suas irmãs, Bonaire não é uma ilha independente e faz parte da Municipalidade Especial da Holanda, pela vontade de sua população manifestada em referendo.

Destaco que Bonaire é líder na região em conservação da natureza e proteção ao meio ambiente. O parque nacional de Bonaire foi fundado em 1962 com o objetivo de proteger a natureza da ilha. Em seguida foi instituído o Santuário do Berço Natural dos Flamingos. Li que os flamingos rosados de Bonaire chegam a 15.000 na época do acasalamento. Não fomos vê-los, pois as pesquisas informaram que é longo e acidentado o percurso até lá. Deixaremos para a próxima viagem! Não bastasse, Bonaire é sede do Parque Nacional Washington, do Parque Nacional Slagbaai e do Parque Marinho, que tem como objetivo proteger toda a área marinha do país, incluindo a área de Lac Bay. Além disso, Bonaire é comprometido com uma severa reciclagem de lixos, com programas de conscientização e atitudes de conservação e preservação do ecossistema local.

Li muito bem sobre Lac Bay perto de Sorobon Beach, onde está o resort. Parece que lá também tem área boa para Snorkel.  Mas o forte do lugar são os ventos constantes e as águas rasas, o que torna o lugar perfeito para o windsurf.

Outras informações:

  • A moeda oficial de Bonaire é o dólar americano.
  • A língua oficial é o holandês, mas todos falam inglês.

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