Coração de viajante não pode ficar aprisionado
Hoje um louco arrastou por quase 600 metros algumas dezenas de pessoas nas Ramblas, em Barcelona. Ferindo muitas, matando outras. Apavorando o turista que sai ávido por conhecer o desconhecido. Surpreendendo o morador local, que poderia estar saindo do trabalho, indo na esquina comprar um lanche, ou simplesmente fazendo um itinerário usual.
Barcelona poderia ser o destino
ou a moradia de qualquer um de nós. E de repente assusta, fazendo parte da
estatística dos locais que sofreram com essa onda de atentados contra todos,
partindo de insanos e seus motivos incompreensíveis. Há uma semana, lá mesmo,
houve uma onda de protestos contra os turistas. Pedras foram atiradas contra
hotéis, entre outras manifestações. Notícias diziam que o grupo representava os
moradores que se sentiam incomodados com o constante assédio dos visitantes. Sinais
de inexplicável ódio entre as pessoas. Entre as raças, os gêneros, as
classes... O mundo está estranhamente
louco e habitado por grupos de pessoas intolerantes, egoístas e raivosas.
E nós, viajantes inveterados, que frequentamos as cadeiras dos aviões, lotamos poltronas dos trens, ou as cabines dos navios, ou vamos de bicicleta, de moto ou a pé, desejando cruzar limites e fronteiras, ficamos nos perguntando: devemos continuar indo? Desejando ir?
Por mais que temamos vem a
resposta do fundo da alma, pois ela quer sair, não aceita estar inerte e
absorta: viver é um perigo por si só! E assim, a gente pede bênção e proteção
ao Divino e vai. Agradecendo ao voltar, para a suposta segurança do lar.
Será que não dá para viver em
paz?
concordo plenamente !!!
ResponderExcluirNão podemos nos silenciar ou banalizar a violência!
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